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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Informal
Orlando Duarte

Amigos leitores! Para quem não se lembra, comecei minha vida no jornalismo falando em rádio e logo em seguida, escrevendo em jornais e por muito tempo estive ligado a ele diretamente. Hoje, venho com muito carinho e em agradecimento, dizer que tudo tem seu ciclo na vida. Quero agradecer a todos os jornais que por anos publicaram minha coluna por meio do Informal. Agradeço aos diretores, editores e redatores dos jornais de Norte a Sul, de todo esse país, por onde a coluna foi impressa. Agradeço aos queridos leitores que fielmente acompanharam o dia a dia do Informal que diariamente esteve abordando temas do futebol e do esporte de modo geral.



Esperei chegar ao final do Brasileirão. Sempre admirei o esporte limpo, disputado com respeito e a final do brasileirão teve momentos que foram decepcionantes sob esse aspecto. Entendo a paixão incontrolável de alguns torcedores, no entanto, não as justifico, afinal, saber perder é tão brilhante como saber ganhar. Não serão minhas palavras que evitarão infelizmente, outros registros lamentáveis. Prefiro ficar com a parte boa, que é a festa do esporte, o bem que ele proporciona à sociedade.



Acompanhei o sorteio dos países para a final da Copa do Mundo que será disputada na África do Sul. Espero estar lá para completar minha 15* Copa ao vivo.



Quando eu encerro este ciclo do Informal, lembro-me quando a coluna saiu pela primeira vez, em 1974. No Jornal A Gazeta Esportiva. Amo e nunca neguei isso, o jornalismo escrito. Os jornais são o testemunho diário do comportamento da sociedade e é o registro que fica para todos os tempos.



Continuo depois de tantos anos de profissão, um homem otimista dentro e fora do esporte. Quem me conhece sabe muito bem, o quanto esperei que a Copa do Mundo e a Olimpíada - viesse para o Brasil. Somos um país com grandes praças esportivas que só precisam de ajustes para enfrentar os jogos. Temos muita natureza e beleza para que por meio do esporte seja feita melhorias nos estádios, nas cidades e assim como uma reforma em casa, começamos arrumando a sala, e acabamos mexendo na casa toda. Espero que chegue a vontade política em quem dirige cada estado, para que pensem no transporte público, e em todos os pontos frágeis de uma cidade, para que possam receber bem e melhor cada turista e profissional que chegará para ver mais um evento tão importante como esse.



Por último meu agradecimento à colaboração e suporte valioso que me deram Luiz Flávio Ricco, José Carlos Nery, Jairo Giovenardi e Conceição Duarte.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Informal

Orlando Duarte

2012: de olho no futuro


Já estamos vivendo clima de fim de ano e, para os amantes do esporte, o desejo de que o ano de 2010 se aproxime é muito grande, já que teremos mais uma edição da Copa do Mundo da Fifa.

O Brasil terá um Mundial que pode definir o destino de Dunga. Se conquistar o título, todos terão de se render ao treinador, que até aqui, tem feito ótimo trabalho a frente da seleção. Se perder, Dunga será execrado, como já acontece mesmo antes da Copa.

No começo do trabalho do treinador, não entendia a postura do ex-capitão. Creio, ainda, que Dunga poderia convocar jogadores que atuam no Brasil e podem fazer a diferença dentro de campo, mas agora, há poucos meses do Mundial, isso já não deve ser encarado mais como prioridade.

De qualquer forma, Dunga mostrou ser trabalhador e poderia tranquilamente comandar a seleção nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, fazendo um trabalho planejado assim que a Copa do Mundo acabar.

A sequência do trabalho e o bom planejamento podem fazer a diferença em todos os aspectos, para que tenhamos sucesso em todos os esportes.

Em caso de insucesso na Copa, o trabalho tem de ter sequência. Já se vencer, o planejamento deve ocorrer do mesmo jeito e a responsabilidade se torna ainda maior.

Foco

Por enquanto, Dunga está focado no Mundial, claro. E ele tem tudo para levar o Brasil ao título, que não veio em 2006 por detalhes importantíssimos, que fizeram a diferença de forma negativa.

Trabalho

Dunga não quer farra. Quer trabalho sério, sem autógrafos e festa de torcedores, que certamente amam ver seus ídolos, mas têm de entender que a disputa do Mundial é prioridade para uma seleção com a tradição do Brasil.

Mercado

Começa nesta segunda o mercadão 2010, com possibilidades de negociações por parte de todos os clubes brasileiros.

Uns lutarão para se reforçar visando à Copa Libertadores, como o Corinthians, que vai comemorar seu centenário e sequer pensa em não disputar o título.

Estaduais

Para os estaduais, que são históricos e jamais devem deixar de existir, algumas equipes devem fazer testes.

O São Paulo, por exemplo, já pensa em se reforçar com alguns jogadores para o longo do ano, mas com o objetivo de “soltar” a molecada das categorias de base para cima dos adversários.
Colaborou: Jairo Giovenardi

domingo, 6 de dezembro de 2009

Informal

Orlando Duarte

É Campeão!

O Campeonato Brasileiro chega ao fim depois de belos gols, jogos eletrizantes, jogadas espetaculares e muita festa dos torcedores por todo o país.

Hoje será dia da comemoração de uma grande torcida brasileira: duas de São Paulo, uma do Rio de Janeiro e uma do Rio Grande do Sul ainda estão na parada.

Há alguns meses alertei aos nossos leitores que poderíamos ter uma briga muito boa pelo título até a última rodada e que mais do que dois times estariam nessa disputa.

Pois bem. Flamengo, Inter/RS, Palmeiras e São Paulo chegam à jornada final com esperanças de lutar pelo título, sendo que o Flamengo é o favorito, já que depende apenas de si para levantar a taça.

Independentemente do campeão, é preciso comemorar com muita calma, sem exageros e, principalmente, sem violência. O título ficará em ótimas mãos seja quem for o vencedor.

Postulantes

O Flamengo tem o mérito da regularidade e contou com um sérvio habilidoso e decisivo na reta final.

Petkovic tem de chamar a responsabilidade para si neste jogo diante do Grêmio e contar com Adriano para balançar as redes e não decepcionar os mais de 80 mil torcedores que lotarão o Maracanã.

Já o Inter ficará de olho no rival Grêmio e torcendo, por que não, para o seu maior desafiante.

Duvido que os colorados não comemorem um gol do tricolor gaúcho, até porque se o time de Mário Sérgio, campeão mundial com o Grêmio na década de 1980, fizer um gol e vencer o jogo, bastará um tropeço do Fla para o título ficar no Beira Rio.

O Palmeiras ainda acredita em milagre para recuperar a liderança na última rodada do Brasileirão.

O time perdeu o primeiro lugar depois dos inúmeros tropeços, principalmente contra equipes que estavam na zona de rebaixamento e, diante do Botafogo, mais um adversário destes, terá de vencer para seguir sonhando.

Fácil e difícil

A tarefa mais difícil e mais fácil, ao mesmo tempo, é do São Paulo, que enfrentará o já rebaixado time do Sport.

Se golear, o tricolor ainda terá chances de título e isso não é impossível.

Mas, não basta apenas golear para comemorar o tetracampeonato consecutivo. O time tem de torcer por tropeços de Inter e Flamengo para fazer a festa do torcedor no Morumbi.

Cuidado

Todo o cuidado é pouco logo mais, principalmente no Rio de Janeiro, já que teremos dois duelos importantes para definir os resultados finais do Campeonato Brasileiro.

Engenhão e Maracanã serão os palcos de Botafogo x Palmeiras e Flamengo x Grêmio, respectivamente. São torcidas, no caso dos times cariocas, que podem chorar o rebaixamento e comemorar o título, respectivamente.

A polícia tem de se envolver ao máximo para que atos de vandalismo sejam evitados.

Festa

No mais, que o campeão comemore muito, pois este é o mais difícil título do mundo.
Colaborou: Jairo Giovenardi

sábado, 5 de dezembro de 2009

Informal

Orlando Duarte

Brasil terá dificuldades

O Brasil caiu num grupo muito difícil, ao lado de Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal. E, neste Informal especial de sábado, que já respira Copa do Mundo, vamos fazer uma análise dos grupos.

Grupo A: África do Sul, México, Uruguai e França. Este grupo é um dos mais difíceis do Mundial da África do Sul.
O time anfitrião, que será comandado pelo brasileiro Carlos Alberto Parreira, não terá moleza. Muito pelo contrário. Se o treinador campeão do Mundo com a seleção brasileira em 94, nos EUA, conseguir avançar, será eternamente lembrado como um vencedor no país.
O Uruguai, sempre tradicional, deverá impor dificuldades a França e México. Em 2002, inclusive, quando os franceses foram eliminados na primeira fase do Mundial “Coréia/Japão”, a Celeste foi a segunda adversária e o placar final apontou 0 x 0, resultado que ajudou a afundar o time de Zidane.
O México é uma eterna promessa, mas tem bons jogadores e briga por uma das vagas. Enquanto a França, campeã mundial em 1998, é a favorita e não deverá contar com a mãozinha boba de Henry para se classificar.

Grupo B: Argentina, Nigéria, Coréia do Sul. Um grupo complicado para a Argentina, que terá pela terceira vez a Nigéria como adversária, se contarmos os últimos cinco mundiais (já com o da África incluído).
Coréia e Grécia não devem ser problema para os argentinos, mas o time grego já mostrou, na Euro 2004, que pode aprontar para as seleções mais tradicionais, como fez com Portugal, faturando a taça na casa do time de Felipão.

Grupo C: Inglaterra, Estados Unidos, Argélia e Eslovênia. Inglaterra e EUA devem fazer o jogo mais emocionante do grupo e, ao mesmo tempo, se classificarem para as oitavas de final do Mundial.
Argélia e Eslovênia irão ao Mundial para atrapalhar o máximo que conseguirem e não fazerem feio. Mas, a Inglaterra é uma das forças da próxima Copa e deve brigar pelo título.

Grupo D: Alemanha, Austrália, Sérvia e Gana. A Alemanha terá algumas complicações.
Uma das seleções mais vitoriosas de todos os tempos, a Alemanha deve passar fácil somente pela Austrália. Gana quase complicou a vida da Itália no último Mundial, em 2006, e a Sérvia tem jogado um bom futebol.

Grupo E: Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões. A Holanda sempre encanta, mas nunca vence. Será que esse estigma permanecerá no próximo Mundial?
A julgar pelo grupo, não, pois deve ter dificuldades apenas para vencer a Dinamarca. Japão e Camarões não devem passar de fase.

Grupo F: Itália, Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia. A Itália terá uma pedreira na estreia, contra uma das seleções mais regulares da América do Sul.
Já os outros times, que jogam muito mais na retranca do que no ataque, não devem ser páreos para a atual campeã.

Grupo G: Brasil, Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal. O Brasil enfrentará Portugal, adversário que o eliminou da primeira fase da Copa, em 2006. Será a chance de revanche.
Mas, a seleção de Dunga deve ficar esperta principalmente com a Costa do Marfim, que tem, segundo o próprio treinador, um dos melhores jogadores do mundo: Drogba.

Grupo H: Espanha, Suíça, Honduras e Chile. O grupo dos espanhóis é muito complicado e deve ser equilibrado desde o primeiro jogo.
A atual campeã europeia não deve ter facilidades contra o Chile, de Marcelo Bielsa, e contra a Suíça, que tem feito boas apresentações nos mundiais de categorias inferiores e até no Beach Soccer.
Colaborou: Jairo Giovenardi