Difícil fazer carreira, fácil acabar com ela
Ronaldo Luiz Nazário de Lima, o conhecido Ronaldo Fenômeno, que nasceu no Rio de Janeiro em 22 de setembro de 1976, ganhou destaque no Cruzeiro, mais tarde no PSV da Holanda, depois no Barcelona, Internazionale, Real Madrid e Milan. Começou como todo garoto humilde, em São Cristóvão, e sua mãe sacrificava-se para que ele não faltasse aos treinos e aos jogos.
Ronaldo ganhou tudo - fama, dinheiro, títulos, respeito como craque, teve casamentos com mulheres bonitas e famosas também, e tudo para ter uma vida digna, limpa, bonita de história para o esporte, como exemplo de vida. Contou infelizmente com problemas físicos, e todos continuam torcendo pela sua recuperação e sua volta aos gramados. Mas agora podemos aplicar uma frase "manjada", que diz: "Quando a cabeça não pensa, o corpo padece". Acabou saindo em vários jornais do Brasil e na Europa, desta vez não nas manchetes esportivas, onde é seu lugar, mas no noticiário policial.
Ele é um homem público, tem um filho que já entende algumas coisas e que já treina seu futebol. Filho este de Milene, mulher linda e de comportamento digno até aqui e também jogadora de futebol feminino. Com ela, Ronaldo casou-se à primeira vez. Poderia ele, se tivesse um pouco de humildade, aquela que o trouxe até aqui, ter evitado esta passagem que pode, sim, ficar como uma marca na sua vida, ou ainda, mesmo que ganhe todas as causas, virar motivo de "gozação" ou dúvida. (Sem querer dizer que tenho algo contra o comportamento sexual de alguém e principalmente de Ronaldo, de quem falo aqui.)
A opção sexual é de escolha individual, mas daí o caso chegar na polícia por motivo de dinheiro, cachê, ou extorsão de uma das partes, é muito desagradável e sem classe. Ronaldo esteve num motel do Rio de Janeiro com três travestis, e justifica em entrevista ou na delegacia, pela voz de seu advogado, que não sabia que as "meninas" eram travestis. Ora Ronaldo! Tudo na vida tem os dois lados. Elas têm o seu trabalho e estão para qualquer programa, desde que sejam pagas.
Uma delas esteve num programa de TV e contou sua versão também, que deve ser acatada. Infelizmente, fica agora essa roupa suja lavada na lavanderia do mundo e todos começam a fazer uma análise de algo que poderia ser evitado na vida tão bonita que foi dada a você. Como homem público, paixão no esporte mais querido do Brasil, na Itália e o rosto mais conhecido em todos os lugares desse mundo, depois de Pelé, você não tinha o direito de jogar fora tudo o que conseguiu, sendo ainda um representante da Unicef, e levando-se em consideração que a criançada enxerga em você um grande cara.
Você corta o cabelo, eles cortam também, se deixa crescer ou pinta, eles também fazem a mesma coisa. Tudo isso tem um enorme peso e responsabilidade na vida de uma pessoa que foi "escolhida", sabe-se lá como e por que, pelo destino em meio a tantas para se diferenciar dos demais. Você é o cara, como dizem os jovens. E agora?
Ex-ídolo
Ronaldo ganhou todos os títulos pela seleção e pelos clubes. Não tem o direito de jogar fora tudo o que conseguiu, principalmente o respeito e a admiração de jovens do mundo todo. Passava por Bari, em 1998, quando parei para ver um jogo entre garotos, e quando havia um gol o menino gritava: Ronaldo! Ronaldo! Eles destacavam o ídolo. Quantas camisas amarelas, com o nome de Ronaldo, vi pelo mundo? Muitas! Seu nome escrito em muros da Croácia e muitos mais lugares por aí. Como homem mais velho, só te digo: juízo, querido! Juízo.
Verdão perde dinheiro
O Palmeiras quis jogar em seu estádio a final do Paulistão. Um direito seu, pois a Ponte Preta jogou em casa. Eu acho, contudo, que o Palmeiras deveria pensar que seria melhor oferecer um estádio maior aos seus milhões de torcedores. Pagaria o aluguel do Morumbi, que passava a ser sua casa, pensando profissionalmente, e todos ganhariam.
Para vender os 27 mil ingressos, o que tivemos foram cenas que não engrandecem o futebol e mesmo a sociedade. Dirão alguns que o Palmeiras deve jogar em sua casa. Isso está certo, em termos. Os grandes espetáculos devem ser nos maiores estádios. Tranqüilamente, no Morumbi, teríamos mais 65 mil torcedores, bem acomodados. Perdoem-me se tenho ideais que beiram a miragem e a utopia.
Dirigentes decidem
A decisão da Copa dos Campeões será em Moscou, cidade escolhida bem antes do torneio, e quase em todos os torneios em qualquer lugar do mundo, ou na sua maioria, é assim também da mesma forma. O conforto do usuário é o que conta, tem cambistas em todos os lugares, e aqui tem muito mais cambistas do que em qualquer lugar do mundo, e daí surge a maior confusão.
Quinta-feira houve tumulto na compra de ingresso no Palestra Itália, foi um absurdo o que aconteceu por lá. Se o Palmeiras tivesse topado jogar no Morumbi, todos ganhariam, teriam mais lugares, tudo se acomodaria da melhor maneira. Mas entender a cabeça de dirigentes, treinadores, torcida, cambistas e de toda a organização do futebol não é tarefa fácil.
(Orlando Duarte - Informal -02/05/2008)
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Há 5 meses
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