Informal (01/05/2008)

É sempre bom lembrar dos goleiros
Gilmar em 58 e 62, Félix em 70, Tafarel, em 94, Marcos em 2002 foram importantes na conquista de cinco títulos mundiais pelo Brasil. Não se pode esquecer nomes como Castilho, Manga, Ado, Leão, Valdir Perez, Carlos, Dida, Rogério Ceni, também, importantes nas conquistas, assim como outros. Lembro-me bem quando, durante o Torneio Rio-São Paulo de 2002, falava-se muito que seria a base para a convocação de trÊs jogadores para a posição por Luiz Felipe Scolari.
Estariam em ação Dida, Marcos, Rogério Ceni, Fabio Costa, Helton, do Vasco, Bosco, ex Lusa e hoje São Paulo, Silvio Luiz, do São Caetano, Murilo e Ronaldo, da Ponte Preta. Dez bons goleiros por três vagas e uma vantagem maior para Marcos. É que Scolari trabalhou com ele no Palmeiras e sempre dizia: "Marcos é o melhor do Brasil..." Dida, no Corinthians, estava sempre entre os convocados. Torcedores e jornalistas achavam que era a vez de Rogério Ceni. Todos dependiam da palavra de Scolari, que veio. Dida, Marcos e Ceni, os três goleiros.
São Marcos
Claro estava que Marcos seria o titular, e assim foi. Trata-se, inegavelmente, de um supergoleiro e um ótimo profissional. Na Copa de 2002, acabou sendo escolhido como um dos melhores do mundo. Jogou muito. Marcos enfrentou muitos problemas físicos no Palmeiras, nos últimos tempos.
Pensou em abandonar a profissão. Para nossa alegria, continuou e, no momento, volta a ser chamado de São Marcos, pois ninguém esquece os jogos em que sua ação foi decisiva. Rogério Ceni está em ótima forma, e Dida, na Itália, teve grandes momentos, mas não atravessa um bom momento. Os três, em 2002, entenderam-se muitíssimo bem. E a seleção só lucrou com isso.
Gilmar
Continuo com os goleiros. Gilmar dos Santos Neves, nascido em Santos, tendo aparecido no Jabaquara, acabou sendo o que queria quando garoto: um goleiro como Oberdan Catani, do Palmeiras. Ele foi condecorado pela Fifa e campeão de dois mundiais, merecedor de muitos títulos na seleção, no Corinthians e no Santos.
Gilmar sempre viu em Oberdan, Castilho, Barbosa, Valdir de Moraes, Valdir Perez, Leão e Dida como grandes defensores da camisa 1. Gilmar ficou 11 anos no Corinthians e 8 no Santos. Era uma época em que os jogadores ficavam mais tempo nos seus clubes e viravam ídolos, como Rogério Ceni, do São Paulo. Gilmar também sempre elogiou Marcos e Rogério, e com a capacidade de conhecer como ninguém a posição.
Herói ou vilão
Um goleiro é herói ao defender pênaltis e vilão quando o seu time perde por diferença mínima. Todos os goleiros, ninguém escapa, já tiveram momentos de glória e fracasso. É da posição.
Lembram-se do Barbosa, de 1950, na decisão do Mundial? Foi crucificado e não tinha culpa nenhuma pela derrota para o Uruguai. Problemas da posição, apenas. O próprio Gilmar sofreu quando, pelo Corinthians, levou 7 gols do ataque da Portuguesa, que tinha Julinho, Renato, Nininho, Pinga e Simão. Não teve culpa, mas foi acusado. Sofreu e deu a volta por cima.
Goleiros artilheiros
Hoje os goleiros não só defendem como estão cobrando penalidades máximas e faltas, com sucesso. Chilavert, do Paraguai, e Higuita, da Colômbia, entusiasmaram outros goleiros, e Rogério Ceni tem brilhado na arte de cobrar infrações. Hoje ele tem seguidores e isso é um grande exemplo, e bom para os espetáculos. (Orlando Duarte - Informal)