Imigrantes: Um Mal ou um Bem...

Estamos festejando o centenário da imigração japonesa para o Brasil. Eles, os japoneses, foram e continuam sendo muito importante na nossa vida diária. Eles todos hoje são mais brasileiros do que muitos brasileiros natos. Sé deu bons resultados.


Agora temos brasileiros, em grande quantidade, trabalhando no Japão.


É a “corrente imigratória” ao contrário. A presença dos imigrantes italianos foi também um sucesso. Hoje os italianos não imigram para o Brasil, nem tanto os japoneses. E o que falar dos árabes que para aqui vieram? Estão flagrantemente na vida brasileira.


Os portugueses voltando ao seu território até 1822 continuaram a trabalhar aqui como nossos irmão. Muitos foram os imigrantes que vieram para tornar esta terra mais cosmopolita, de diferentes origens, mas todos querem trabalhar na nova Pátria. Por que é que eu estou tocando no assunto? Para destacar o que os alemães fizeram no Germânia, hoje Pinheiros; os que os italianos fizeram no Palestra, hoje Palmeiras; os lusos com a Portuguesa de Desportos, em São Paulo e Vasco da Gama, no Rio; os de muitas origens que transformaram o Corinthians no clube que é. E os ingleses que nos deram o gosto pelo futebol e que ajudaram no surgimento de vários clubes, como aconteceu também na Argentina.

Os exemplos bons são muitos e nós somos um país feito por imigrantes, como aconteceu nos Estados Unidos. Também lá a imigração foi um fator importante para o progresso do país. Há anos que a imigração tem sido controlada. Na Europa, principalmente, a União Européia começou a atacar o problema. Há mais de 8 milhões de imigrantes na Europa e esse número cresce 500 mil por ano. Como conter esse fixo de gente que quer trabalhar em outro ritmo de vida. Não será fácil vencer essa campanha antiimigrante dos europeus.

E como fica o futebol na Europa, sem os que vêm de fora? Vieira e Erva são do Senegal, Mandana e Makelle, são do Congo e Boumsong, dos Camarões. Eles jogam na Seleção da França....Ibramoviche, na Suécia, é bósnio,. Lukas Podolski é polonês e joga na Seleção da Alemanha. Kuranyi é carioca, filho de húngaros, esta também na Seleção Alemã. Yakin é turco, Fernandez é do Cabo Verde e jogam na Seleção da Suíça No time croata há gente de muitos países. Em Portugal temos o Deco e o Pepe. Na Turquia há o brasileiro Marco Aurélio, agora Mehmet Aurélio. Como é ficam todos eles? São ou não imigrantes? Serviram para melhorar o nível do futebol europeu. Essa questão ainda vai dar muito que falar na Europa e no mundo.


Bons exemplos devem ser seguidos. A Associação de Futebol da Inglaterra está investindo 200 milhões de libras esterlinas nas categorias de base e também no setor de arbitragem. Outra coisa bem – vinda é a de fazer com que o jogador e o público entendam o futebol como espetáculo de lazer e que todos sejam respeitosos. Isso tudo deve ser copiado aqui. Será útil.

Outro bom exemplo da Alemanha. O campeão mundial em 1990, Andréas Brehme, foi escolhido pela Federação Alemã, para dirigir o projeto “Mil mini – campos”. É a quantidade de campos que o País vai ter para provocar nas crianças o desejo de jogar futebol. Também a Holanda tem um ótimo para amparar o futebol de rua. O futebol vive de todas essas idéias.(Orlando Duarte - Informal - 23/06/2008)