Blog da Cultura Esportiva

Informal (quinta-feira –14/08/2008)

De Orlando Duarte


Magnífico, Phelps

A estrela das piscinas de Pequim, Michael Phelps, confirmou o que o mundo esperava dele.

Depois de vencer os 400m medley, 200m livre, 200m borboleta e 4 x 100m livre, Phelps ajudou a equipe americana a conquistar também a prova dos 4 x 200m livre e provou ser o melhor atleta da história dos Jogos Olímpicos.

Com 11 medalhas de ouro em três edições dos Jogos, ele ultrapassou verdadeiras legendas do esporte, como Carl Lewis, que conquistou nove medalhas douradas no atletismo em quatro Olimpíadas, o nadador Mark Spitz, nove ouros em duas Olimpíadas, a ginasta Larissa Latynina, nove ouros em três Jogos Olímpicos, e Paavo Nurmi, nove ouros no atletismo, em três Olimpíadas.

Após o feito, Phelps mostrou a simplicidade dos grandes vencedores. Disse que não é imbatível, mas que sentia-se muito feliz com o resultado alcançado em Pequim.

Sinceramente, achei-o cansado após o 4x 200m livre, e concordo quando diz que não é imbatível. Mas, sem dúvida alguma, Phelps é o melhor de todos os tempos. Um exemplo de atleta.

Crescimento

Nossos atletas evoluíram no judô. De fato, João Derly enfrentaria obstáculos, assim como os demais. Mas o esforço de judocas como Aurélio Miguel e Rogério Sampaio foi compensado, agora.

O esporte cresceu, foi disseminado, atraiu muitos patrocinadores e o Brasil se desenvolveu, conquistando medalhas importantes no último Pan, no Rio de Janeiro, e no Mundial, em que também foi o país-sede e, agora, as primeiras medalhas do país nos Jogos Olímpicos de Pequim.

Boxe

Nunca fui a favor do tipo de pontuação atual do boxe olímpico, pois não premia a combatividade, eficiência e técnica do pugilista, e sim, apenas, os golpes dados e sofridos.

Acorda

O Brasil venceu a China por 3 a 0, mas sem convencer. Futebol é gol, ofensividade. O técnico Dunga diz que prefere vencer por 1 a 0 com gol sofrido. Pois bem, se continuar pensando assim, as coisas podem se complicar.

Temos enorme poder ofensivo e jogadores talentosos. Podemos usar tudo isso contra os adversários, pois tocar a bola na defesa irrita, inclusive, a platéia.

Agora, será a vez de reencontrar Camarões, seleção que eliminou o time então comandado por Wanderley Luxemburgo, em 2000. Se jogar bem, com motivação e a qualidade técnica que lhe pertence, Ronaldinho Gaúcho pode levar a melhor desta vez, oito anos depois.

Ginástica

As meninas do Brasil chegaram à final e isso pode e deve ser muito comemorado. Daiane dos Santos se apresentou muito bem e, caso deixe a seleção, sua missão estará cumprida.

As chinesas ficaram com o ouro, após duas quedas da americana Alicia Sacramone, que sofreu duas quedas, na trave e no solo, e facilitou as coisas para as donas da casa. As americanas são muito boas, mas as chinesas mereceram o ouro.

Show

Por enquanto, a seleção feminina de vôlei tem encantando a todos em Pequim. Venceu a Sérvia por 3 a 0, mesmo placar dos primeiros jogos e vai com moral para a próxima fase.

Por outro lado, deve-se ter muito cuidado, pois Cuba e Itália estão bem na competição e, assim como a Rússia, crescem em momentos decisivos.