Blog da Cultura Esportiva

Informal

Orlando Duarte

Enfim, a São Silvestre

Muitos esperam pelo dia 31 de dezembro. E não é que ele chegou? Amanhã, 31 de dezembro de 2008, será o dia da 84º edição da Corrida Internacional de São Silvestre.

A Corrida foi criada pelo jornalista Cásper Líbero, que foi incentivado principalmente pelo êxito das Voltas de São Paulo e Piracicaba, bem como de outras competições realizadas no interior do estado.

O número de concorrentes da primeira São Silvestre foi bem pequeno: 60 esportistas se inscreveram e, destes, apenas 48 compareceram para disputar a corrida. Pelo regulamento, somente 37 foram classificados ao chegarem três minutos atrás do primeiro colocado.

Isso tudo é bem diferente dos dias atuais, em que a São Silvestre recebe cerca de 15 mil inscrições.

Talvez uma das principais características da Corrida era o fato de ser disputada a noite, próximo à virada de ano.

A partir de 1989, porém, a São Silvestre passou a ser realizada às 17 horas, sendo às 15h15 para as mulheres. O equatoriano Rolando Vera é o único atleta a conquistar vitórias nos anos de mudança dos horários.

Ganhador da prova durante quatro anos consecutivos, de 1986 a 1989, Vera foi o vencedor da última prova disputada à noite, em 1988, e também da primeira promovida durante o dia, no ano seguinte.

A também equatoriana Martha Tenório é a única mulher a ter vitórias na São Silvestre nos dois períodos: ela venceu em 1987 e 1997.

A pior classificação do Brasil na Corrida de São Silvestre ocorreu em 1972. Nosso melhor atleta, Irides Silva, chegou apenas em 17º lugar.
Mas, já fizemos história nesta tradicional prova do atletismo mundial, com Alfredo Gomes, o primeiro vencedor, Nestor Gomes, Joaquim Gonçalves da Silva, Sebastião Alves Moreno, José João, João da Mata, Ronaldo da Costa, Emerson Iser Bem e, mais recentemente, Marílson dos Santos e Frank Caldeira.
Mulheres

As mulheres brasileiras demoraram a fazer frente principalmente a portuguesas, mexicanas e quenianas.

A primeira vitória ocorreu apenas 20 anos depois da primeira prova feminina, com Carmem de Oliveira. Já a última veio em 2006, com Lucélia Peres.

Em 2008, temos a chance de obter bons resultados e, quem sabe, colocar o Brasil no ponto mais alto do pódio.

Colaborou: Jairo Giovenardi