No Futebol Não Há Impossível

Não assisti ao jogo. Apenas instantes do jogo e também para mim, depois da fantástica vitória no México e a conquista do título carioca, o Flamengo era amplo favorito para ganhar do América, pela Libertadores, no Maracanã. Mais de 50 mil pessoas, no estádio, e milhões, em suas casas, também acreditavam nisso. Erramos todos. O América não se considerou batido de véspera e venceu por 3 a o e eliminou o Flamengo. Teve sorte? Teve, mas isso faz parte da vida.


O Flamengo lutou bastante? Lutou, sem eficiência, perdendo oportunidades incríveis. A festa para o Joel Santana, que está indo para a África do Sul, a festa pelo título carioca, teve uma sobremesa que não foi fácil engolir. No futebol a palavra “impossível” deve ser descartada e há anos que bato nessa mesma tecla. Não existe vencedor e nem perdedor de véspera. É na hora, no campo, que se decide tudo.

Para aliviar a dor dos rubro-negros é só pensar no Brasileirão.

Podem também pensar na lição, sofrida, analisando onde é que o time fracassou. Sempre que perguntam da derrota do Brasil, em 1950, para o Uruguai, no Maracanã, com os meus 18 anos também sofri. Entendi que não foi a 16 de Julho que o Brasil foi derrotado. Perdeu no dia 15 , isto é, quando festejava uma conquista que ainda não viera, deixando a concentração onde estava, trocando-a por São Januário . Era uma fase política, teríamos eleições e os candidatos queriam posar com os campeões.



O time perdeu o foco do jogo. Sentiu o calor de São Januário e não foi capaz de vencer. Uma derrota histórica. A do Flamengo é pior, pois precisava apenas de um gol para continuar na competição e sofreu 3. Não é a última das grandes derrotas, muito menos é o fim do Flamengo, mas que doeu, para os brasileiros que queriam a maior quantidade possível de times do país nas quartas. O Cruzeiro caiu na mesma noite que o Flamengo.

Perdeu também em Buenos Aires por 2 a 1 e voltou a perder no Mineirão por 2 a 1. Na festa também estava o Mineirão, lotadíssimo de cruzeirenses que aplaudiram o time mesmo na derrota. Assim é o esporte onde não há lugar para a palavra impossível.



A Inglaterra está sempre dando lições. Jogador que quiser jogar no futebol inglês tem que saber o idioma do País. Está absolutamente certo. O duro será se russos, gregos, turcos, japoneses e chineses exigiram a mesma coisa. É preciso preservar o idioma e a cultura de um país.

Dia de muito, véspera de pouco. Já dizia o meu pai e não são poucos os que sabem disso. O Internacional fez 8 gols no Juventude e quase faltou gol para o jogo com o Sport, pela Copa do Brasil. Já o Vasco da Gama não se fez de rogado e marcou 5 a 1 no Corinthians de Alagoas. Será que vale o ditado também para o Vasco, no Segundo jogo, nas Alagoas? É bom tomar cuidado....
(Orlando Duarte - Informal- 09/05/2008)