Armando Marques, que foi um dos melhores árbitros do Brasil, dizia sempre que a regra 18 é a salvação do árbitro. Não existe regra 18. O futebol tem apenas 17 regras. O que Armando Marques queria dizer, é que o árbitro não tem que ser detalhista exagerado. Pequenas incorreções são permissíveis, sem grandes prejuízos. Wilson de Souza, árbitro, não quer saber da Regra 18, mas se atrapalha nas outras. Já deu que não existiu, não permitiu jogador de atuar protegendo o rosto com máscara especial, encrencou com jogadores pela posição da camisa fora do calção, entre outras “cositas mais”. Já fui acusado de não gostar do Wilson, o que não é verdade. Gosto dele e não o conheço pessoalmente. Considero-o implicante e que cria problemas para arbitragem. No jogo Cruzeiro - Vasco da Gama, no Mineirão, ele marcou uma “atitude antiesportiva” do goleiro Thiago, do Vasco, que para ele tocou duas vezes a bola que foi em sua direção. Faz parte da regra 12: “Será concedido um tiro livre, indireto, à equipe adversária se o goleiro cometer uma das seguintes quatro faltas: Voltar a tocar a bola com a mão depois de havê-la posto em jogo e sem que qualquer jogador a tenha tocado”. Não interessam, no caso, as outras punições. Não se pode chamar, também, de falta antiesportiva. Será uma falta. Aqui não se incluem os seis segundos de posse de bola permitida pelo goleiro. Não foi o caso. Thiago tocou sim na bola com as mãos colocando-a a sua frente, em jogo. Não foi atacado e resolveu agarrar a bola, considerando-se aí, um segundo toque, não permitido pela Regra 12. Foi tudo muito rápido e árbitro Wilson resolveu esquecer a Regra 18 e quis ser um “fiel cumpridor das leias do jogo”. Não havia nenhum perigo no lance e ele marcou o tiro livre indireto contra o Vasco da Gama, que redundou na vitória do Cruzeiro. Houve a infração? Houve. Sem querer justificar, mas já o fazendo, nos 90 minutos de um jogo acontecem coisas muito mais graves e não são marcadas. Faltou um “pouquinho” de Regra 18 para Wilson. Todo jogador deve estudar as regras do esporte que pratica, para ser beneficiado por isso.
Por falar em arbitragem, o fim de semana foi um festival de equívocos de árbitros e jogadores. Penais, expulsões (como a de Wesley, em Salvador), rechearam essa quinta rodada. Também tivemos bons árbitros. Algumas jogadas mereciam expulsões que não aconteceram. Outra coisa irritante é a questão do tempo do jogo. O acréscimo é 1 minuto ao final do primeiro tempo e 3 minutos ao final do jogo., como se fosse uma regra. É um erro e, repito, por isso defendo um cronometrista no futebol.
O brasileiro Pepe, naturalizado português, fez, contra a Turquia, sábado na Suíça, um gol espetacular. Portugal venceu por 2 a zero iniciando bem a Eurocopa. Pepe é jogador que foi revelado em campos Alagoanos. Disse: “Nunca me senti tão português como hoje...” Somos irmão ou não? Pepe está para ir para o futebol inglês.
Há brasileiros jogando na Eurocopa e um deles, Eduardo Silva, naturalizado croata, está em São Paulo. Ele joga no Arsenal, da Inglaterra e sofreu uma contusão violenta, e está em recuperação. Seu caso foi parar na FIFA, tal a violência de seu adversário. Eduardo espera a voltar para o futebol.
Os anfitriões da Eurocopa (Suíça e Áustria) perderam seus jogos de estréia. Isso não afetará a competição que tem todos os seus ingressos vendidos. A Áustria só não ganhou da Croácia por não ter atacantes finalizadores. Alemanha e Portugal, por enquanto, mostraram ser sim favoritas.(Orlando Duarte - Informal - 10/06/2008)
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Há 5 meses
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