Informal
De Orlando Duarte
Dia de gritar “É Campeão!”
Foram 37 rodadas até aqui com jogos sensacionais, inesquecíveis. Durante o Brasileirão alguns times se revezaram na ponta da tabela, como Cruzeiro, Flamengo, Grêmio e Palmeiras, até que o São Paulo chegou e pretende terminar desta forma.
Se empatar com o Goiás hoje, em Brasília, a equipe conquistará o título nacional pela 6ª vez na história.
O primeiro foi em 1977, quando o tricolor tinha destaques como o atual técnico Muricy Ramalho, o goleiro Valdir Peres e o uruguaio Pedro Rocha, um dos melhores jogadores que tive a oportunidade de ver.
O segundo título, em 1986, coroou o incrível Careca, atacante predestinado, artilheiro, brigador, que levou o tricolor à Campinas, onde fez história pelo Guarani, para conquistar o bi.
Já em 1991, com Muller, Raí e Telê Santana no comando, o São Paulo teve a dura missão de passar pelo Bragantino, forte equipe do interior. Após vencer por um magro 1 a 0 no Morumbi, empatou sem gols em Bragança Paulista e chegou ao tri.
O tetra veio apenas 15 anos depois, em 2006, com Rogério Ceni, Mineiro e Diego Lugano, num campeonato vencido pela competência de um clube que sou se planejar e quase não teve adversários.
Um ano depois foi ainda mais fácil. O tricolor sobrou no Brasileirão 2007, com Dagoberto, Richarlyson e Hernanes e tornou-se o primeiro brasileiro, já que a CBF reconhece o Sport como campeão brasileiro de 1987, e não o Flamengo, o que deixa o rubro-negro carioca com quatro títulos.
Se confirmar o título diante do Goiás, este será o mais difícil e sofrido de todos, já que o time chegou a ficar 11 pontos atrás do Grêmio, quando o tricolor de Celso Roth liderava a competição.
Imortal
Alguém duvida da capacidade do Grêmio em reverter situações complicadas? Eu não. Por isso, uma vitória do Goiás sobre o São Paulo e um resultado positivo do Grêmio sobre o Galo mineiro não seriam coisas de outro mundo.
É exatamente nisso que o Grêmio aposta, para vencer o campeonato mais disputado de toda a história.
Luta
Chega a surpreender o fato de apenas dois times chegarem à última rodada em condições de conquistar o título. Pelo equilíbrio, Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo poderiam estar brigando até agora. Não os três, mas pelo menos um deles.
Decepção
Luxemburgo disse que o Palmeiras fraquejou na reta final. Ele está certo, pois o time perdeu dois jogos importantíssimos, contra Grêmio e Cruzeiro, que o colocaram de fora da briga pela taça.
Agora, o time depende apenas de si para chegar novamente à uma Copa Libertadores e tentar o bicampeonato, já que foi campeão em 1999, numa emocionante final contra o Deportivo Cali, da Colômbia.
Rivalidade
Tem muito torcedor do flamengo que gostaria que o time perdesse para o Vasco cair. Mas todos eles devem pensar que um clássico mantém a rivalidade, é sucesso de bilheteria, cômodo para o torcedor ir ao estádio.
Torcer contra o rival nesta situação pode não ser bom para os próprios rubro-negros. Fora, que o time ainda pode conquistar uma vaga na Libertadores se vencer o Atlético/PR.
Os clubes vivem da rivalidade entre os grandes como Ba-Vi, Atletiba, Fla-Flu, Gre-Nal, que dão ainda mais emoção ao futebol. Quando times de estados diferentes se enfrentam há emoção, mas a sensação é bem diferente.
Colaborou: Jairo Giovenardi
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