Informal
Orlando Duarte
O incrível Bolt
Quem gosta de cinema já assistiu em inúmeras oprtunidades as aventuras do “Incrível Hulk”, da mais antiga à mais moderna versão. No último domingo, porém, em Berlim, um novo ser, tão incrível quanto ao Hulk, deu o ar de sua graça.
O jamaicano Usain Bolt desafia números e a si mesmo para mostrar que é o homem mais veloz do mundo.
Em 97 anos de história da prova de 100 metros a evolução dos tempos, com a diminuição dos recordes, mostra o quão rápido é Bolt. Em 6 de julho de 1913, o americano Donald Lippincott cravou 10s60 e fez o primeiro tempo da prova mais charmosa do atletismo.
Só nove anos depois esse tempo foi baixado, com Charles Paddock, também dos Estados Unidos, que correu em 10s40. A hegemonia americana foi ameaçada em 1930, com o canadense Percy Williams, que baixou o tempo em 10 segundos.
Em 1936, talvez na prova mais espetacular de todos os tempos, Jesse Owens cravou 10s20 diante de Adolf Hitler e pôs abaixo a supremacia ariana pregada pelo fuhrer nos Jogos Olímpicos de Berlim.
O tempo de Jesse Owens só foi baixado 20 anos depois, com Willie Williams, que fez 10s10. Em 1950, o alemão Armin Hary cravou 10 segundo e, oito anos depois, pela primeira vez um homem correu abaixo desse tempo nos 100 metros: Jim Hines fez em 9s95.
Em 1983, Calvin Smith baixou dois segundos, chegando a 9s93, tempo superado cinco anos depois por Carl Lewis. Este foi superado por Leroy Burrel, em 1991, com o tempo de 9s90, mas o superou com 9s86 no mesmo ano. Uma briga de gigantes americanos, que acabou com a vitória de Burrel, que correu em 9s85, em 1994.
Dois anos depois, um outro canadense voltou a fazer história: Donovan Bailey baixou em um segundo o recorde e só foi superado pelo americano Maurice Greene três anos depois, com o tempo de 9s74, que permaneceu até 2005, ano em que começa a supremacia jamaicana na prova.
Naquele ano, Asafa Powell correu os 100 metros rasos em 9s77 e, dois anos depois, baixou seu próprio recorde para 9s74. Seria capaz baixar ainda mais ou o homem teria chegado ao limite?
A resposta seria negativa não fosse a aparição de outro jamaicano, Usain Bolt, que chegou para desafiar os limites do corpo humano.
Em 31 de maio de 2008, ele correu em 9s72 e, três meses depois, baixou espetacularmente sua marca para 9s69. Agora, com 9h58, ele já pensa no 9s40 e se torna um verdadeiro fenômeno do esporte mundial.
Melhor
Bolt foi incrível. Ele se emocionou, mas ao mesmo tempo, bateu no peito e apontou o melhor do mundo.
Tyson Gay disse que ele não é imbatível. Concordo, ninguém é...Mas Bolt está cada vez melhor que Gay e que todos os outros.
Demais
O Campeonato Brasileiro está cada vez mais eletrizante, com a disputa ferrenha pelas primeiras posições, a troca de treinadores e a fuga do rebaixamento.
Creio que se o Palmeiras continuar perdendo pontos, principalmente em casa, logo deixará a liderança. Nisso, o bom Muricy tem de tomar cuidado.
São Paulo, Inter e Goiás brigarão, sem dúvida alguma, pelo título brasileiro e a melhor demonstração foi a última rodada, em que as equipes conseguiram vitórias incontestáveis.
Recuperação
Massa disse a Galvão Bueno que não teve medo de morrer e que já se prepara para o retorno às pistas.
Isso não só tranquiliza todos os seus fãs, como os companheiros de categoria, que torcem por sua rápida recuperação.
Colaborou: Jairo Giovenardi
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Há 5 meses
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